Occultus Ars Tenebrae

O Occultus Ars Tenebrae foi fundado em 08/12/2016 E.V. com o intuito de disseminar as Artes Sinistras musicais, literárias e filosóficas.






Entrevista com a banda Cestycercosi - Only Death is Real!!!




Em meados do final do ano de 2009, ergue-se o arauto da morte denominado CESTYCERCOSI, na cidade de Montenegro. O que outrora era uma idéia antiga encarna nas carcaças de Sérgio “extreme death” e Gustavo “pig destroyer”.



As origens do artefato remontam desde que o guitarrista Sérgio, que já participou de bandas como Serbherus, Sub Tenebras e Hateworks, ansiava por encontrar membros que fossem dedicados e dispostos a dar vida aos seus riffs e letras, inspirados no metal da morte, com bastante influência de heavy e thrash metal.

Sérgio então conhece Gustavo e, notando que o mesmo tinha absoluta paixão por metal de todos os gêneros, incentiva o mesmo a tocar bateria, e  pouco tempo depois estava formada a banda. A evolução era constante e em pouco tempo as composições já fluíam, com influências de bandas como Deicide, Morbid Angel, Sepultura, Kreator, Black Sabbath, Cannibal Corpse e Immortal, entre outras, executando um death metal com uma certa identidade, letras em português e com variada gama de influências.

As letras transitam entre variados temas, tais como desilusão do futuro, depressão, degradação do planeta, ocultismo, hipocrisia, falsas crenças, sociedade, etc; e surgem canções de ódio como  Massa da degradação, Cestycercosi, Autarquia, Espiritual tormento e  Biofobia.

Na sua trajetória houveram diversas trocas de integrantes, vocalistas e
baixistas, por diversos motivos. Em setembro de 2013 a banda faz seu primeiro show, no Mutantes moto clube em Porto Alegre junto com as bandas  Diablerie Progenie, Impetus Malignum, Imortal Perséfone e Psychophobia, na segunda edição do Night´s in hell festival, contando com a vocalista Érica Garighan, que foi membro da banda de julho a setembro de 2013.

Em junho de 2014 entra o baixista Christian Peixoto, que também segura as cordas nas bandas Rigor Mortis e a base na Brutal Morticínio, vindo a somar bastante para a banda, e no mesmo período participam de uma das edições do programa Metal Celebration e também de uma das edições do festival Coletivo Extremo em Agosto.

No mesmo ano, gravam a música Teses e participam da coletânea Rock Soldiers em seu volume 19. Gravam também algumas versões “ao vivo” das músicas Cestycercosi  e Autarquia mas não chegam a lançar o registro. Nesse período a banda também aprimora seu logotipo através do artista Eron Quorthon.

O processo de composição segue firme , incluindo alguns sons novos no repertório seguindo a mesma proposta, Escuridão da terra e Império Satânico, e em junho deste ano tocam em Montenegro junto com a banda Nonconformity.

Em 2017 a banda pretende gravar o seu primeiro disco, e já começa a realizar contatos referentes a gravação e produção.





Bati um papo com esta galera para sabermos um pouco mais como anda a trajetória deles. Confiram!!

OAT: Saudações guerreiros, é uma honra entrevistá-los! Gostaria de saber como foi o ano de 2016 em relação às novas composições e quais os planos para 2017.

Sergio: Saudações… Este ano foi de muito ensaio e músicas novas e estamos nos preparando pra gravar, agora em definitivo em 2017,visto que outrora fizemos uma prévia de músicas como CESTYCERCOSI, PRENÚNCIO E AUTARQUIA.... a música TESES entrará de bônus… 

Gustavo: Saudações Montenegrinas!  Também grande honra falar para vosso zine.... Realmente 2016 foi bem produtivo, várias idéias e composições novas e 2017 promete o play!

Christian: Acho que em questão de composições o ano de 2016 foi bem produtivo. Algumas músicas estavam prontas mas podemos acrescentar alguns detalhes. Saiu coisa nova. Para o ano de 2017 esperamos continuar na mesma pegada. E divulgar o EP que vem por aí.


OAT: É possível nos darem uma prévia de quais temáticas serão abordadas no próximo trabalho?

Sergio: Os temas vão de fanatismo religioso, escravidão mental, guerra pelo desejo de ditadores… a natureza que se revolta a crueldade humana.. no mais é isto.

Gustavo: As ideias abordadas seguem a linha: infelizmente vivemos em um mundo em que porcos religiosos querem cada centavo, as pessoas destroem os últimos recursos do planeta em nome do ego, hipocrisia e falsidade reinam absolutas, portanto ideias não faltam.

Christian: As temáticas variam um pouco. Falam de fanatismo religioso, alienação mental e algumas vezes até fogem um pouco dessa temática.


OAT: Dentre os trabalhos já lançados em uma visão geral, como tem sido a repercussão da Cestycercosi no Brasil e no mundo?

Sergio: Após participarmos da 19 edição da coletânea rock soldiers, e antes mesmo quando lançamos as prévias de músicas que citei antes, os bangers vem curtindo nosso som, a página já tem 719 curtidas e estamos felizes com isto.

Gustavo: Repercussão sempre positiva, os banger aceitaram bem a proposta de nossos sons.

Christian: Chegamos a gravar algumas musicas que nao chegaram de fato a sair oficialmente. O resultado foi positivo pelo que acompanho. Tivemos uma participação também na coletânea rock soldier edição 19 onde apresentamos a música teses que também teve boa receptividade.


OAT: Como vocês enxergam a cena do metal extremo em sua região e em um contexto geral?

Sergio: Hoje em dia com internet e tal  é muito mais fácil explorar e conhecer muita banda, conversar e fazer parcerias.. Lamentável que ainda existam as chamadas ´panelinhas´ no nosso meio, mas tá rolando bastante show pela região e parcerias e isto é muito bom.

Gustavo: A cena em geral tem crescido, espaços e produtores sempre trazendo festivais, grandes bandas internacionais tocando pela região, pessoal se mexendo na questão ce acessoria… Infelizmente casos de panelas e estrelismos aqui e ali, mas faz parte, em geral positiva, esperamos sempre somar. Juntos somos invencíveis!

Christian: De uma forma geral falta algo para a cena ser forte como um todo. Vemos muitos eventos acontecendo em Caxias do Sul por exemplo, onde o público comparece para apoiar. Eu moro em Porto Alegre, então sempre tem algo pela cidade ou região metropolitana como São Leopoldo e Novo Hamburgo. Ultimamente a região de Passo Fundo tem feito bastante pela cena. Acho importante para as regiões. Mas como um todo ainda parece que falta algo. Mas fazia algum tempo que nao via um ano tão movimentado.


OAT: A Cestycercosi iniciou em 2009. Como vocês vêem esses 7 anos de banda? Quais foram os acontecimentos mais significativos até o momento?

Sergio: No começo era só eu e o Gustavo, depois veio o Cristian em 2014, daí a coisa melhorou.. Eu e o Gustavo estávamos aprendendo, cantar e tocar não é fácil mas evolui e o Gustavo recém tinha comprado uma batera e aprendendo… Mas é massa ver a evolução e dedicação e o resultado que isso traz. Fizemos shows pela região só nos dois, foi bem massa, mais tarde quero colocar outra guitarra pra somar.

Gustavo: No início da banda eu nunca tinha tido contato com bateria ou qualquer instrumento, optei pela bateria e comecei a aprender e tocar junto… Depois de muita luta e dedicação começou a dar um resultado. Fico orgulhoso em poder somar à banda. Os momentos mais significativos com certeza foram os shows e gravações, sendo que no primeiro estava você no vocal (risos).

Christian:  Eu fui o último a entrar na banda. Foi em 2014 depois de entrar em contato com o Sergio. Fui a Montenegro fazer um teste e acho que fui satisfatório. Não posso falar muito sobre os anos anteriores. Mas pessoalmente posso falar que os momentos significativos foram o primeiro show e quando gravamos alguns sons.


OAT: Quais bandas nacionais/internacionais você tem ouvido ultimamente?

Sergio: Bandas nacionais tenho curtido INDULGENCE, NATURAL CHAOS, INCINERADOR, IMPERIUS MALEVOLENCE. Internacionais DESASTER, ZYKLON, MORBID ANGEL… Mas escuto do rock in roll ao mais extremo black metal, sem limitação.

Gustavo: Minhas influências sempre foram muito variadas, sou muito eclético... Principais acredito que Slayer, Sodom, Sepultura, Desaster, Bathory, Morbid Angel, Sarcófago, Deicide, Rush, Judas Priest, Absu… Presto muita atenção no que está rolando pela região e aprecio Sacrário, Mental Horror, Exterminate, Natural Chaos, Brutal Morticínio, Bloodwork, entre outras… cenário bem vasto. Também fiz parte das bandas Diablerie Progenie e Tyrant Attack, e hoje também faço parte da Indulgence.

Christian: Tenho ouvido bastante coisa dentro de vários estilos. Nacionais eu tenho ouvido muito bandas como brutal morticínio, evil emperor, dead pan, losna, harmony fault. De tudo um pouco. Internacional tenho ouvido ultimamente bastante dying fetus, cryptopsy, beyond creation etc.


OAT: Quais os álbuns que influenciaram diretamente no seu som?

Sergio: Na verdade é a junção de tudo de bom que escuto, nas nossas músicas temos pegada thrash, black metal, como na música nova IMPÉRIO SATÂNICO, que é um death black.

Gustavo: Pergunta difícil essa, pois acredito ser um conjunto de estilos, mas aprecio muito Morbid Angel e Sodom para exemplificar duas principais influências.

Christian: Falar em álbum é complicado porque embora tive algumas participações nas composições a maior parte dos sons foram feitos pelo Sergio. Tive participações pontuais. Mas busco influências principalmente em bandas de death metal mais old school, thrash metal e as vezes nem uso influencia. Pego o instrumento para treinar e acaba surgindo algo.


OAT: Quais os principais objetivos da banda a longo prazo?

Sergio: Lançar o play em 2017.. e fazer mais shows e expandir a CESTYCERCOSI pelo país.

Gustavo: Queremos espalhar o metal da morte como arma contra o maldito sistema.... Produzir e compor cada vez mais e somar à cena extrema brasileira e mundial.

Christian: Acho que como toda banda queremos mostrar nosso trabalho. A longo prazo esperamos lançar novos materiais e levar nosso death metal por aí.


OAT: Gostariam de deixar algum contato ou página para divulgação?

Sergio: Tem a página da banda pelo face mesmo.

Christian: No facebook temos a pagina da banda. Qualquer contato pode ser feito com qualquer integrante da banda também pelo facebook.

Gustavo: Temos nossa página e também nossos contatos pelo Facebook.


OAT: Muito obrigado por nos ceder essa entrevista, deixem suas considerações finais e um recado para os fãs da banda e leitores do blog.

Sergio: Agradecemos o espaço e a consideração,obrigado a todos que nos apoiam e apoiam o metal em geral.

Gustavo: Muito obrigado pela oportunidade de falarmos um pouco sobre nós, sucesso e frutos à vossa empreitada e muito obrigado aos bangers que nos apoiam.

Christian: Agradecemos ao espaço e o papo. Todo sucesso ao blog. Aos leitores e aos fãs fiquem atentos que vem coisa por aí. Valeu o apoio de quem acompanha a banda. Valeu.



Localização: Montenegro/RS
Gênero: Death Metal

Formação: 

Sergio Cunha - Guitarras e Vocais
Gustavo Jardim - Bateria
Christian Peixoto - Baixo